Fazendo as pazes com o tempo.

Quanto tempo precisamos para descobrir que não adianta nada brigar com o tempo? Bom sinceramente não sei, só sei que atualmente estou tentando fazer as pazes com ele.

Passei a maior parte da minha vida brigando com o tempo, na verdade perdendo tempo. Cansei de ouvir “Tempo é Dinheiro” pelo visto perdi muito “dinheiro” na vida.

Queria (ou quero) tudo para ontem, agindo assim fiz muitas coisas erradas (ou certas), mas não me arrependo, reconheço que fiz muita gente sofrer por isso eu sinto muito.

Penso que essa maneira de agir tinha muito a ver com o meu jeito de viver apaixonadamente. A paixão é assim avassaladora, imediata. Ou é tudo ou não é nada. 

Aprendi a lidar com minhas emoções, acalmei o meu coração para que a razão ocupe seu espaço. Ajustei o meu comportamento.

Se por um lado nunca senti pena de mim, por outro achava que fui injustiçado várias vezes. Mas percebi que a vida  tem esse lado, ela nem sempre é fácil ou justa.

Nunca fui controlado por ninguém, não gosto que exerçam poder sobre mim. Sempre fiz e faço minhas as escolhas, muitas vezes eram sem controle nenhum sobre as minhas emoções, mas hoje eu controlo.

Adoro desafios, adoro as mudanças mesmo porque sei que são inevitáveis, aprendi a me adaptar a elas. Não reclamo, nem lamento o leite derramado. Nem sempre me controlo, mas tento. Não consigo e nem tento agradar todo mundo, não preciso.

Sempre falei o que penso, ou o que quis. Mas também já ouvir o que não quis, é a vida passando o troco. Nem sempre sou gentil, não gosto de chatos, sou um chato e sei como eles são insuportáveis.

Gosto de correr riscos, mas nem sempre sei calculá-los. Não me preocupo com os benefícios antes de me arriscar, isso é atitude.

Nunca reneguei o meu passado, embora admita que algumas coisas podiam ser diferentes, aprendi com ele.

Entretanto não cometo mais os mesmos erros. Aceito e assumo meus erros, sigo em frente errando, aprendendo e vivendo.

E lá se vai o tempo. Vivo o presente. Não gosto de fazer planos para o futuro.  Gosto de comemorar a vida, não sinto inveja de ninguém.

Conquisto tudo que desejo com meu próprio suor. Não tem essa de ser brasileiro, mesmo que eu não fosse eu não desisto do que eu quero nunca.

Gosto de ficar só, gosto do silêncio. Sinto-me muito bem comigo mesmo, adoro a minha companhia.

Posso ser feliz sozinho? Não sei. Mas sei se isso acontecer vou cuidar de mim. Quero ter as coisas por mérito. Agora estou aprendendo que posso esperar, não quero nada de imediato.

Por isso penso que estou fazendo as pazes com o tempo.

Francisco Beck

Francisco Beck

Um eterno aprendiz, Produtor de Conteúdo, Web Design, Técnico de Informática.

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